quarta-feira, 11 de maio de 2016


Quando as palavras engasgam no pensamento, sem coerência, numa mistura utópica de sentimentos e emoções avessos a normalidade.
Percebo que não sou tão diferente assim das páginas cujo branco é maculado com as minhas verdades, tão repleto de rascunhos, idéias e ideais deturpados pela loucura que vez por outra insiste em me visitar. Ser incompleto e repleto de defeitos, buscando coisas irreais, detalhes das histórias que li misturando-se ao que idealizei viver! E nada, nunca é assim tão efêmero.
Vivo uma vida inteira onde a cada instante sinto a perda do que outrora foi inédito, à tudo sinto "déjà vu"... mudam os personagens numa mesma história.
Ainda assim repetidas vezes busco encontrar algo que me possa ofuscar os olhos, enebriar a mente e adormecer a loucura em mim, alimentando-a do novo, até agora intangível. Como fitar outros olhos e transcender a carne, a alma, enxergando toda uma galaxia escondida na íris. E eu, como um astronauta do desconhecido!
Antes quisera ter transgredido as fronteiras, invadido espaços, burlado as leis, quem sabe assim seria eu um viajante livre; secular; navegando entre estrelas e planetas ao invés de satélite em uma órbita qualquer.